Perfil #TransformoCidades: Carlos Rogério Amorim

Carlos Rogério Amorim: ocupando a cidade, de São Paulo a Recife.

Carlos Rogério Amorim: ocupando a cidade, de São Paulo a Recife. Foto: Ana Luiza


Por Ângela Valporto

Apesar da pressa, Carlos Rogério Amorim não perdeu a oportunidade de conferir o que está rolando no UTC Recife. O artista e educador, que vive no estado de São Paulo, estava com o voo marcado para as cinco da tarde. “Pena que eu não vou conseguir ficar os três dias. Peguei justamente no final. A minha ida é o começo da atividade. Mas é legal saber que Recife não é apenas o tradicional, também tem o contemporâneo muito forte”, disse.

“Já estava nos planos vir a Recife, a Pernambuco, há muito tempo”, contou Carlos, visivelmente entusiasmado. Ele também nos falou sobre as ações urbanas presentes na cidade dele: “Santo André é uma cidade muito urbana e a gente tem ações de intervenção na rua, a gente fecha a rua também. Uma vez no mês, a gente faz uma feira de economia solidária e criativa muito parecida com essa. (…) Isso aqui dialoga muito com o que a gente já faz”. Esse tipo de ação mostra a necessidade das cidades dialogarem mais entre si porque, apesar da distância geográfica, os moradores das cidades anseiam por intervenções que possibilitem uma interação com o espaço urbano de forma mais efetiva e afetiva.

Por ser artista e educador, Carlos desempenha um papel muito importante no ofício de mudar a cidade. “A gente fecha a rua uma vez por mês e muita gente briga com a gente, né? Porque elas têm carros, muitos carros. Então a gente tá fechando a rua para a gente curtir a rua. Sabia que você pode ir lá pedir? É só fazer um abaixo-assinado”. Para ele “mudar a cidade é comunidade. Tem que pensar que não é só a minha casa na rua, um monte de casas na rua. É uma comunidade aquilo, eu tenho que conversar com as pessoas. Ir para a rua, ocupar. (…) A vida está na rua. Vamos para a rua e vamos melhorá-la”, sugere. Então fica o convite: vem transformar a cidade com a gente?